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Tempestade Tropical "Akará" se intensifica no Atlântico Sul
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Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil / Arquivo -
Ciclone subtropical ganha força, mas mantém distância da costa brasileira, reduzindo os impactos imediatos nas regiões litorâneas
O ciclone subtropical que se formou na costa do Rio de Janeiro na última sexta-feira (16) alcançou maior intensidade e foi reclassificado como Tempestade Tropical "Akará" nesta segunda-feira (19), segundo informações da Marinha Brasileira. Contudo, o centro da tempestade permanece afastado da costa, posicionado em alto mar, aproximadamente a 650 km a sudeste de Florianópolis.
Embora a formação de tempestades tropicais no Brasil seja incomum devido às temperaturas mais baixas do mar no Atlântico Sul, a tempestade "Akará" se desenvolveu devido à configuração climática específica. Geralmente, a região sul do Brasil está mais acostumada a lidar com ciclones extratropicais, especialmente durante o inverno.
De acordo com a Epagri/Ciram, a tempestade "Akará" está se deslocando para a região sul, mas a previsão é de que perca gradativamente sua força devido à diminuição da temperatura da água em relação à costa do sudeste, onde se originou.
Os impactos mais significativos da tempestade são esperados em alto mar, com previsão de ondas entre 3 e 4 metros de altura, o que aumenta os riscos para navegação e pesca. Nas proximidades do litoral catarinense, os impactos são menores, com ondulação variando entre 1,5 e 2 metros de altura e ventos moderados entre 20 km/h e 30 km/h, com rajadas de até 50 km/h.
Apesar de existir a possibilidade de que o sistema ganhe força suficiente para evoluir para um furacão, semelhante ao ocorrido com o Catarina em 2004, o meteorologista Marcelo Martins, da Epagri/Ciram, considera essa probabilidade pequena devido às condições desfavoráveis, como a temperatura mais fria das águas na região sul do Brasil.
"A chance é bem pequena. Por que? Porque ele está indo ao sul. Ao sul a temperatura do superfície do mar é fria, gelada, então acaba não tendo uma condição favorável. A tendência dele é se dissipar", explica o especialista.
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